Muito pescadores fazem uma “cama” de monifilamento quando enrolam a linha de multifilamento. Particularmente, carrego esta linha na carretilha ou molinete do começo ao fim, apenas viro o lado da linha quando um lados está desgastado.
Com isso a parte de baixo, nova, ficará por cima da usada. Desta forma uso a linha quase que na sua totalidade sem riscos de ruptura em nós de emendas em casos de grandes tomadas de linha.
Na hora de enrolar, alguns pescadores enfrentam o problema ao começar o embobinamento. Por não ter elasticidade, a linha multi patina no carretel. Para evitar este problema, achei uma maneira interessante que é amarrar a linha no carretel, faço o nó e coloco um pedacinho de fita adesiva.
Para evitar o problema do fio da linha enterrar entre os outros, procuro usar multifilamento de maior espessura, entre 0,28mm a 0,35mm, mesmo aqui no Sudeste. Desta forma, raramente tenho problemas na hora do arremesso com travas e cabeleiras.
O pescador deve estar atento ao abastecimento ideal, que consiste em encher até o côncavo do carretel presente em quase todos os modelos de carretilhas atuais, como mostra a foto acima.
Lembre-se: o líder de fluorcarbono é indispensável. Faço o líder do menor que o comprimento da vara, de forma que não entre no distribuidor de linha. Isso evita que o nó não incomode o polegar e ainda não breque no distribuidor.
Quando vou atrás de tucunarés, dourados e outras espécies de grande explosão e arrancadas fortes com iscas artificiais troco as garatéias dessas iscas por outras mais resistentes (4x forte).
Isso acontece porque algumas iscas vendidas no mercado, principalmente as importadas, possuem garatéias fracas que não aguentam muita tração.
Para não perder tempo nesse momento uso um alicate especial (com uma saliência no bico que facilita a abertura da argola da isca) e após abrir, encaixo imediatamente a garatéia reforçada na argola e começo a girar no sentido da garatéia original. Assim, enquanto à garatéia original sai, a garatéia reforçada fica em seu lugar dentro da argola.
O freio magnético é composto por uma placa metálica que oscila entre os dois pólos de um eletroímã, o que gera uma variação do fluxo magnético através da placa. Em uma carretilha trata-se de um controle adicional que age em forma de imãs sobre o carretel da carretilha, ajudando a freá-lo de maneira homogênea.
Quanto maior a numeração do freio magnético, maior é a sua ação e menor é a rotação do carretel no arremesso (ex: a roldana no nº 1 o carretel esta totalmente livre). Para os iniciantes na utilização carretilhas o prudente é utilizar totalmente preso (nº 10) e conforme a pratica ir liberando.
Para quem já tem uma habilidade maior com esse equipamento vale lembrar que em algumas situações como: vento forte, iscas leves, linhas de diferentes espessuras, dentre outras é prudente utilizar o freio magnético para controlar melhor o arremesso.
Na pesca oceânica, principalmente quando o objetivo é o marlin-azul, usar um anzol bem afiado é de suma importância. Todos os anzóis que eu uso são cuidadosamente afiados para garantir a máxima penetração, porém isso tem uma conseqüência indesejável, que é a remoção do banho protetor, motivo de rápida corrosão.
Para sanar este problema, eu aplico uma camada de esmalte de unhas sobre a parte afiada, o que acaba funcionando muito bem.
O equipamento que mais sofre na hora da briga com o peixe é o caniço de pesca. É ele que se esforça para lançar a isca. Enverga-se todo para cansar o peixe. Amortece o impacto que a linha sofre. Resumindo, a vara faz de tudo para que você tire o exemplar da água e é posta de lado assim que o peixe é embarcado.
Esse equipamento merece atenção, não deve ser encostado no canto ao chegar da pescaria.
Seus componentes precisam ser limpos sempre. O recolhimento da linha, por exemplo, traz resíduos que se acumulam no anel e na moldura. Se o uso é em água salgada, os passadores podem ser atacados pela corrosão.
Ao voltar de uma pescaria, leve o caniço para tomar banho, limpando as molduras e o anel com uma escova de dente. Deixe secar e confira o estado do anel procurando por fissuras que possam romper a linha, se achar troque-o. Preste atenção na resina de acabamento, repare se está infiltrando água. Caso esteja, é necessário que você ou um profissional reaplique o produto.
Muitos já conhecem ou ouviram falar em “ração artificial”, seja ela do tipo que flutua (EVA) ou do que afunda (miçanga). O peixe redondo, cada vez mais, aumenta sua percepção e acaba refugando esse tipo de isca em certas ocasiões. Neste momento entram em cena determinadas variáveis capazes de “iludir” nossos adversários.
Se usarmos uma ração artificial, confeccionada com material natural como cortiça, por exemplo, no lugar do EVA, ou miçanga feita a partir de um caroço de azeitona, os peixes terão menos dúvida quando atacarem. Apesar de parecer estranho à primeira vista, adaptar um caroço de azeitona para servir como miçanga é simples e altamente eficaz. Com o auxílio de um esmeril, podemos “comer” as pontas até encontrar a parte oca.
Desta forma, terá o formato e a aparência da ração quando encharcada e começar a afundar, pois em determinados dias os peixes estão manhosos e se alimentam logo abaixo da superfície. Podemos usar caroços de azeitonas pretas ou verdes, que tem cores diferentes, ou ainda acondicioná-los em vidro fechado, já que em ambiente aberto eles mudam de cor.
Uma técnica eficaz de fazer esta apresentação é usar bóias cevadeiras com uma pernada de um a dois metros de distância. Assim, poderá brecar o arremesso um pouco antes e a bóia cairá antes do líder, liberando a ração (ceva). Basta fazer um pequeno recolhimento e a isca estará em cima da ração liberada na faixa de ação.
Outras dicas: no girador da bóia, coloque de um lado a linha principal e do outro a da pernada, para que o girador cumpra bem o seu papel. Já no caso da bóia de regulagem – uma pequena bóia de isopor número 3 com cerca de 2,5 cm, que estará na pernada e será o ponto visual para as fisgadas – o segredo é estar atento. Assim que a pequena bóia afundar, a fisgada deve ser rápida, pois ao perceber que a isca não é natural, o peixe a expele rapidamente.
Com miçangas e o caroço de azeitona, a bóia tem o papel de regular a profundidade entre 5 e 50 cm, o que dependerá de vários fatores. O correto é fazer testes e achar a regulagem ideal. Para as miçangas, diversos tipos de anzóis podem ser usados, desde que sempre sejam iscadas pelo olho antes de amarrar a linha.
Os modelos vão desde os de robalo Wide Gap aos populares 4330. Na verdade os mais indicados são os Marine Sports referência 1971N, conhecidos como pata longa, que levam este apelido devido ao formato de uma haste comprida. Quando estou com eles não uso encastoado.
Como Lavar o seu Equipamento:
Sempre que usar o equipamento, seja na água doce ou salgada, lembre-se de lavá-lo. No caso de carretilhas e molinetes, feche bem a fricção ou freio para a água não entrar nos discos e deixe os equipamentos por alguns minutos debaixo de água corrente, que se estiver um pouco aquecida melhor. Em seguida, tire o excesso de água balançando a peça e coloque-a para secar no tempo - trabalho que também pode ser feito com um pano macio. É interessante usar uma escova de dente velha para limpar o guia fio, local de maior acúmulo de sujeiras em suspensão encontradas na água. Lembre-se: manutenção em dia é peixe na foto.
Em pesque-pagues gosto muito de usar ração como isca. A forma para deixá-la tenra e macia é simples: basta separar as que tenham o formato desejado em uma embalagem vazia de azeitonas, por exemplo. Coloque um pouco de aguardente de cana (pinga) – eu prefiro as de engenho!
Feche a tampa e misture bem. Escorra o excesso com os dedos abertos no lugar da tampa, virando o recipiente. Feche e guarde. Em menos de 24 horas ela estará pronta para o uso.
Olá amigos Hoje temos uma ótima dica de como você pode fazer a sua ração na pinga. Uma das iscas mais usadas com bóias cevadeiras e/ou torpedinhos, fisgando a maioria das espécies.
Primeiramente você precisa comprar a ração flutuante, conhecida como Guabi. Ela pode variar de tamanho, mas dê preferencia para a ração de 8 a 12mm, ou maior.
Coloque a ração em um recipiente;
Adicione a pinga. Pode ser usada a pinga, cachaça, conhaque, ou até mesmo vinho, mas dou preferencia para a cachaça;
Deixa a ração no máximo uns 20 segundo mergulhada na pinga;
Em seguida retire a ração da pinga. Deixar muito tempo a ração com a pinga pode deixá-la muito mole;
Espalhe a ração em um jornal para tirar o excesso de pinga; e
Deixe que a ração descansar no jornal em local fresco por mais ou menos uns 20, 30 minutinhos. Ela vai inchar e ficar fofinha e sequinha, pronta para sicar no anzol.
Agora você já pode guaradr a sua ração em um pote bem fechado. Matendo em local fresco e arejado, a ração pode durar até três meses. Eu prefiro fazer este processo uns 3 dias antes da pescaria para que a ração não fique tão úmida.
E é isso galera. Uma isca muito simples e rápida para se fazer. Para encrementar um pouco essa ração, você pode espirrar um pouco de essência enquanto a ração está no Jornal. Pode ser de banana, queijo, mel, milho ou qualquer outra que você achar interessante.
Quando pesco pacus em rios um detalhe que aumenta bastante a produtividade é a camuflagem do anzol e do encastoado, sendo assim uso anzóis pretos sem farpa e cabo de aço flexível revestido de nylon na mesma cor.
Como as luvas são de inox, as pinto com caneta de tinta permanente preta. É importante ressaltar que o tamanho do chicote de aço tem que ser de aproximadamente 15 a 20 cm. Lembre-se também que esse trabalho todo não vale nada se durante a apresentação a ventilar (rodar).